Os combatentes estão posicionados ao redor de Aleppo, o centro financeiro do país. Mas não tem armas para enfrentar as tropas do ditador.
A guerra civil na Síria fez mais dezenas de vítimas neste fim de semana. Os combates foram intensos na cidade de Aleppo, uma das mais importantes do país. Até o Papa Bento XVI pediu um cessar-fogo. Mas, por enquanto, não foi atendido.
A essa altura, não há chance de trégua naSíria. Os bombardeios acontecem dia e noite. O governo está usando caças e artilharia pesada. Os combatentes estão posicionados ao redor de Aleppo, o centro financeiro do país. Mas não tem armas para enfrentar as tropas do ditador Bashar al-Assad.
Segundo o observatório sírio dos direitos humanos, com sede em Londres, 168 pessoas morreram no fim de semana.
Desde sábado, as forças do governo da Síria vem tentando, sem sucesso, retomar bairros ocupados pelos rebeldes em Aleppo, maior cidade do país. As ruas estão cheias de escombros e restos de tanques e outros veículos destruídos nos combates.
O exército usa artilharia pesada e helicópteros contra os rebeldes. Um dos líderes do movimento pediu que os países que apóiam a insurreição contra o regime mandem armas, e não só declarações de solidariedade.
Segundo a TV estatal síria, em Aleppo foram capturados líderes terroristas estrangeiros vindos da Arábia Saudita, Afeganistão, Turquia e Iêmen. As informações não podem ser confirmadas porque o governo restringe o trabalho dos jornalistas no país.
Em visita ao Irã, o ministro das Relações Exteriores sírio disse que os rebeldes serão derrotados. E apontou uma conspiração entre Arábia Saudita, Catar e Turquia, sob o comando de Israel, para derrubar o presidente Bashar al-Assad.
A agência de ajuda humanitária da ONU informou que 200 mil civis fugiram de Aleppo para áreas rurais e estão sem alimentos, água e remédios.
No Vaticano, o Papa pediu o fim da violência na Síria. “Espero que esse grande país encontre um caminho para a estabilidade, a reconciliação e a paz”, disse Bento XVI.
O secretário-geral da Liga Árabe disse que estão cometendo crimes de guerra na batalha pela cidade de Aleppo. E insistiu para que o Conselho de Segurança da ONU volte a se reunir para tentar uma solução.
Professor Edgar Bom Jardim - PE
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