quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Recife tem menor taxa de desemprego para julho desde 1997



Na comparação anual, o desemprego caiu em mais de 2%.
Setor de construção se manteve estável, com mais de 100 mil empregados.

Do G1 PE
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A taxa de desemprego aumentou em quase 1% na Região Metropolitana do Recife (RMR), durante o mês de julho, quando passou de 10,9% para 11,6%. Apesar do aumento, este é o menor percentual para o mês de julho desde que a Pesquisa Emprego e Desemprego (PED) começou a ser feita, em 1997. De acordo com a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem), que coordena a PED no estado, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cerca de 94 mil novos empregos foram disponibilizados desde julho de 2011.

Entre os setores que sofreram baixas estão o da Indústria de transformação (2%), Comércio e reparação de veículos (3,7%) e Serviços (0,6%). Enquanto isso, o setor de Construção se manteve estável, com 129 mil pessoas empregadas. Para o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Condepe/Fidem, Rodolfo Guimarães, o aumento no desemprego não deve ser visto com grande alarde: “Às vezes acontecem essas variações, mas não significa que as coisas vão piorar daí para frente. Pode ser que no outro mês melhore. Quando fazemos a comparação mais longa, anual, percebemos melhor a dinâmica desse processo”.

Na comparação anual, a taxa de desemprego diminuiu, caindo de 13,7% para os atuais 11,6%. O nível ocupacional aumentou 6,4%, apresentando desempenhos positivos nos setores de Serviços (45 mil) e Construção (30 mil). A forma de ocupação também passou por um aumento, com índice de 2,4% a mais para os empregados domésticos. No setor privado, o assalariamento com carteira de trabalho assinada apresentou estabilidade relativa (-0,3%), e o assalariamento sem carteira caiu em 1,4%.

Guimarães ressalta a importância desses números: “Dos 94 mil empregos que surgiram, 73 mil foram com carteira assinada, o que é positivo, porque este é um emprego protegido, uma situação sonhada pela maioria das pessoas. São vários benefícios, remuneração média maior, FGTS. Não que a situação de todos os autônomos seja precária, mas sabemos da importância da estabilidade financeira da carteira assinada”.

O diretor de pesquisas comentou, ainda, que a flutuação de oportunidades para os autônomos pode ter influenciado na taxa de desemprego: “Estamos começando a perceber que o mês de julho é um período de esvaziamento da cidade. Uma parcela da população viaja de férias e, mesmo que essa parcela seja formada por uma minoria, são essas pessoas que têm o maior poder aquisitivo. Então isso interfere, porque se eles passam a comprar mais em Gravatá, por exemplo, o índice de vendas em determinado setor cai na RMR”.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

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