sábado, 28 de setembro de 2013

Eduardo Campos minimizou perdas do PSB no Ceará


Governador de PE afirmou que saídas no CE são fruto de disputa política.
Ministro da Integração disse que terá reunião com Dilma na segunda (30).

Katherine CoutinhoDo G1 PE.
Bezerra Coelho e Campos inspecionaram obra em Paulista. (Foto: Katherine Coutinho/G1)Bezerra Coelho e Campos inspecionaram obra em Paulista
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, minimizou, neste sábado (28), a saída da executiva do partido no Ceará. Questionado se desfiliações - incluindo a do governador Cid Gomes, de prefeitos, deputados estaduais, federaise vereadores - seriam uma perda, o socialista foi enfático: “De forma nenhuma. Na verdade, você só perde o que tem”.
O governador deu a declaração após a inspeção das obras de contenção do mar na orla de Paulista, onde esteve acompanhado do ainda ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. A cerimônia contou com fogos e banda na chegada das autoridades. “Havia uma disputa política e um conjunto venceu de forma muito expressiva esse debate. Nós tivemos uma votação na Executiva [nacional] com a presença dos governadores, com presença de prefeitos de capital, de bancada, uma votação unânime, o que deixou para um conjunto de uma seccional do partido uma situação que eles discutiram e resolveram deixar o partido. Fizemos isso com muita tranquilidade, com muito respeito com os companheiros que nos deixam”, apontou Campos.
Sobre o comentário do ex-ministro Ciro Gomes, que classificou a atitude do presidente nacional no processo de saída do grupo do governador Cid Gomes (CE) do partido como ‘canalhice’, o governador afirmou que é preciso “saber perder”. “Houve uma disputa política, nós ganhamos, eles perderam. A gente tem que saber ganhar. E quem não sabe ganhar, acaba não ganhando outra vez. Quem perdeu, tem que saber perder”, resumiu.
Campos e Bezerra pararam para tirar fotos e cumprimentar população. (Foto: Katherine Coutinho/G1)Campos e Bezerra pararam para tirar fotos e
cumprimentar população. (Foto: Katherine Coutinho/G1)
O governador reforçou que as decisões sobre a sucessão em Pernambuco devem ficar apenas para 2014 e garantiu não estar preocupado com a pesquisa divulgada nesta semana, em que aparece com 4% das intenções de voto na corrida presidencial. “Pesquisa é uma fotografia de um momento. Já vi muita gente ganhar pesquisa e perder eleição, perder pesquisa e ganhar eleição. É melhor ganhar eleição que ganhar pesquisa”, afirmou.

Ao lado de Eduardo Campos, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, reforçou seu compromisso com o PSB e afirmou abertamente que a sigla já pensa em 2014. “O PSB tomou a decisão de se apresentar com um projeto próprio para poder sensibilizar e ter o apoio na perspectiva do lançamento da candidatura presidencial.  Estou agora à disposição do partido”, explicou.
Bezerra Coelho afirmou que sua saída definitiva do ministério depende de uma conversa que deve ter com a presidente Dilma Rousseff na segunda-feira (30). Apesar de estar deixando o cargo, o ministro reafirmou o respeito pela presidente e também que pretende continuar trabalhando enquanto não entrega oficialmente o posto.
Romário
Campos lamentou que alguns políticos do Rio de Janeiro estejam afirmando não reconhecer Romário como o atual presidente do PSB no estado. “Toda a documentação foi encaminhada, lamento que tenha que se fazer esse tipo de disputa, mas não tenho mais nada a acrescentar. O debate político nós já travamos e agora é um debate no campo jurídico, e eu não sou advogado”, disse.
No caso do Ceará, uma comissão formada deve indicar a direção provisória da sigla já na próxima semana. O presidente nacional do PSB não adiantou o número de filiações feitas nos últimos 15 dias, mas espera ter um balanço até a quarta-feira (2).
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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