segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Lolistas, Dilma e o Rolezinho


A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) enviou nesta segunda-feira (20) ofícios ao governo federal solicitando reunião com a presidente Dilma Rousseff e com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O objetivo é debater a questão dos rolezinhos e pedir ajuda ao governo federal para que os encontros não sejam mais realizados nos centros comerciais do país.
O ofício foi enviado um dia após o Shopping Leblon, no Rio de Janeiro, fechar as portas para evitar a entrada de participantes de um "rolezinho". Em Brasília, internautas já marcaram um encontro.
O presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, afirmou que se trata de uma questão nacional. Ele pede que a presidente Dilma Rousseff  receba o setor, que é "importante na geração de empregos e no recolhimento de impostos", afirma. Lembrou que a presidente recebeu os líderes do Movimento Passe Livre após os protestos de rua de 2013.
Entenda os rolezinhos - cronologia (Foto: Arte/G1)
Nabil afirma não ser contra os jovens frequentarem os estabelecimentos, mas que isso deveria ocorrer de forma organizada, como os demais. "Somos contra a bagunça generalizada", diz.
Ele defende que os "rolezinhos" deveriam ocorrer em espaços públicos, e já sugeriu a adoção do Sambódromo em São Paulo. "Podemos amanhã lamentar mortes", diz.
Os "rolezinhos", como ficaram conhecidos, são encontros marcados  pela internet por adolescentes. Os eventos ocorrem sobretudo em shoppings e ganharam repercussão desde dezembro, quando aglomerações assustaram frequentadores e fizeram centros comerciais fecharem as portas mais cedo. Os organizadores definem os encontros como um "grito por lazer" e negam qualquer intenção ilegal.
Pelo menos três deles terminaram em correria e houve relatos de furtos. No Shopping Itaquera, os participantes fizeram um confronto com a PM.
Os shoppings decidiram então ir à Justiça em busca de liminares que proibiram a realização de "rolezinhos". No último final de semana, encontros aconteceram no Parque Ibirapuera e no Bosque Maia, em Guarulhos.
O prefeito Fernando Haddad (PT) já se manifestou sobre a posição da Alshop e afirmou que os lojistas não devem empurrar o problema para a Prefeitura e que é preciso discutir a cidade. “Não adianta ficar [dizendo]: cuida dessas pessoas que o problema é seu. É a cidade que precisa ser discutida e nós precisamos evoluir no sentido de abrir espaços públicos para que as pessoas possam usufruir mais da cidade”, disse Haddad.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

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