domingo, 31 de julho de 2016

O amor e o corpo: vida


Se o amor estranha o movimento do corpo,
o afeto se desfaz e os fragmentos se encolhem nervosos.
A rapidez da vida está na gravidez do sonho impossível.
O desejo esconde o infinito anônimo, a singularidade das estrelas solitárias.
Não deixe que o amor risque o impossível, compreenda-se e fuja,
nem que as travessias sejam labirintos sem espelhos, desengane-se e corra.
Vista-se do estranho, ironize o absoluto, disfarce-se com as astúcias dos anjos.
Entre no corpo esquecendo-se o poder do sonho azul,
não silencie mas conduza o ruído para o escuro dos quartos vazios.
As portas estão abetas, as palavras brigam por significados instáveis,
não seja o pássaro que se isolou na gaiola e destruiu seu mundo.
Desadormeça com olhos fixos nas janelas que recebem a luz,
há sempre uma história que não foi vivida e contada.
Por: Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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