sábado, 3 de junho de 2017

A água, o mundo, o vazio

As águas correm fazendo caminhos,
e não há certezas de sonhos, mas dúvidas que navegam soltas.
O mundo parece viver um delírio fechado,
como uma esquizofrenia derrotada e sem fim.
A vida não se alimenta, está faminta e sufocada.
Cada deus escolhe sua verdade e chora seus desacertos.
Há demônios cínicos que se guardam em labirintos,
temendo o julgamento final dos anjos rebeldes.
A fundação das palavras pouco diz da paisagem muda.
O silêncio não consegue ver suas imagens no espelho,
num vazio de profecias e de desenhos transcendentes.
O ponto final anuncia o cansaço das ilusões desfiguradas.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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