segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

APL celebra 117 anos com premiação literária


A Academia Pernambucana de Letras celebrou na noite desta segunda-feira (29) seus 117 anos em uma ocasião com duplo objetivo: a entrega dos Prêmios Literários e a posse da nova diretoria. Margarida Cantarelli foi reeleita para o cargo de presidente para o biênio 2018/2020. "A Academia Pernambucana de Letras é uma jovem de 117 anos. Iremos nos próximos dias, através da coordenação de Cícero Belmar, promover uma ação que irá buscar apresentar os trabalhos de jovens escritores." comentou Margarida.
A presidente também tem planos para ofertar uma sala de vídeo para debates. "O intuito é criar, através do audiovisual, uma maneira de fomentar a discussão de obras literárias". O imortal José Paulo Cavalcanti Filho acredita que o papel hoje da Academia Pernambucana de Letras esteja dentro do papel de implementar uma educação mais popular nas instituições de ensino. "Não existe nada mais vivo e democrático que a educação, e ela deve ser um direito para todos." afirmou.
Manoel Constantino Filho, vencedor na categoria infantil com o livro "A Menina Que Vendia Rosas Encarnadas" não vê a internet como um empecilho ao hábito da leitura. "Através de uma responsabilidade familiar, você dá à criança o hábito de ler e, por muitas vezes, através da internet é que ela conhece várias obras" comenta o escritor. "A ideia do livro vem da década de 80, quando conheci uma criança que mesmo em situação de trabalho infantil não deixou de estudar ou se interessar por literatura. É importante que conheçamos a realidade dessas pessoas". 

Confira os vencedores do Prêmio Literário:
- Álvaro filho (ficção) - "Meu Velho Guerrilheiro"
- Manoel Constantino Filho (infantil) - "A Menina que Vendia Rosas Encarnadas"
- Edson Mendes de Araújo Lima )poesia) - "Quase Poesia, Quase Faina, Quase". 

Nos ensaios, foram três laureados: "Um Centro Educacional Brasileirinho da Silva", de Kelma Fabíola Beltrão de Souza; "Olinda: Entre Poderes, Elites", de Breno Almeida Vaz Lisboa; e "Almas à Venda: Comércio Negreiro na Praça do Recife (1660-1760)", de George Félix Cabral de Souza. FPE
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Mundo:Montadoras alemãs sob suspeita de financiar testes ‘abomináveis’ com macacos e humanos

Manifestante na Alemanha usa uma máscara com os dizeres: "Emissões de combustível matam"
Image captionFabricantes de carros na Alemanha já estiveram no centro de outro escândalo: mentir sobre testes de emissão de poluentes | Foto: EPA
O governo da Alemanha condenou a realização de testes financiados por fabricantes de automóveis do país em que humanos e macacos tiveram de inalar fumaça de escapamento.
Os experimentos, que teriam sido conduzidos com o objetivo de defender o uso de diesel em automóveis, foram noticiados nos últimos dias pelo jornal The New York Times - que veiculou reportagem sobre testes realizados com 10 primatas na cidade americana de Albuquerque, no Estado de Novo México - e pela imprensa alemã, que se concentrou em testes realizados com humanos em um laboratório em Aachen, próximo à fronteira com a Holanda.
Os veículos de imprensa alemães afirmam que a pesquisa foi realizada por um grupo chamado EUGT (Grupo de Pesquisa Europeu sobre Meio Ambiente e Saúde no Setor de Transporte, na sigla em inglês), financiado, por sua vez, pelas empresas Volkswagen, Daimler e BMW.
Em sua defesa, as empresas têm dito que não conheciam os detalhes dos experimentos que financiaram.
O governo alemão declarou não haver motivo para a realização de experimentos dessa natureza e exigiu mais detalhes sobre eles. "Esses testes em macacos ou mesmo em humanos não podem ser justificados do ponto de vista ético, de forma nenhuma", disse o porta-voz do governo Steffen Seibert.
A ministra do Meio Ambiente, Barbara Hendricks, chamou os experimentos de "abomináveis" e se disse chocada que cientistas tenham concordado em conduzi-los.
O político social-democrata Stephan Weil, também membro do conselho de supervisão da Volkswagen, qualificou a pesquisa de "absurda e abominável". "Lobby não pode ser uma desculpa para esse tipo de teste", disse ele.
Escapamento de carroDireito de imagemAFP
Image captionFabricantes de carro estão tentando reduzir as perdas sobre fumaça de combustível

O que se sabe sobre os testes?

Em reportagem publicada na última quinta-feira, o jornal New York Times afirma que a pesquisa do grupo EUGT tinha como objetivo se contrapor uma decisão de 2012 da Organização Mundial da Saúde (OMS) que classificava a fumaça de escapamento de veículos a diesel como cancerígena.
Segundo o jornal americano, em 2014, o grupo EUGT expôs 10 macacos a fumaça de escapamento em uma câmara de ar fechada. O teste ocorreu em um laboratório em Albuquerque, Novo México, nos Estados Unidos. Os veículos usados nos experimentos seriam adulterados para gerarem níveis menores de poluição.
Já neste fim de semana, os veículos jornalísticos alemães Stuttgarter Zeitung e a rádio SWR divulgaram que 19 homens e 6 mulheres inalaram fumaça de diesel em outro experimento da EUGT.
Durante um mês de testes em um laboratório em Aachen, na Alemanha, essas pessoas foram expostas a diversas concentrações de fumaça de diesel, que contém óxido de nitrogênio tóxico. O estudo teria sido publicado em 2016.
Naquela época, as montadoras argumentavam que tecnologias modernas permitiam reduzir a poluição de escapamento de veículos a diesel a níveis seguros. Mas, posteriormente, foi descoberto que a Volkswagen havia instalado dispositivos fraudados nos veículos testados.
Os resultados dos exames eram manipulados - levando a crer que a emissão de gases tóxicos era muito menor do que efetivamente seria na prática. Estima-se que mais de 10 milhões de veículos tenham sido adulterados para evitar um cálculo acurado de emissão de poluentes. A descoberta da fraude ambiental, em 2015, causou um escândalo internacional e derrubou a cúpula da montadora.
No Brasil, veículos do modelo picape Amarok tiveram o dispositivo adulterado instalado. Segundo o New York Times, a Volkswagen já teve que pagar mais de US$ 26 bilhões em multas devido ao escândalo anterior.
Carros produzidos na Alemanha enfileiradosDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionDe acordo com o jornal New York Times, a Volkswagen já teve que pagar mais de US$ 26 bilhões em multas devido a escândalo de manipulação de dados sobre emissões de poluentes

O que as montadoras disseram?

Em sua defesa, as empresas têm dito que não conheciam os detalhes da pesquisa que financiaram. A Daimler, fabricante dos carros Mercedes-Benz, disse no domingo estar "consternada pela extensão dos estudos (da EUGT) e sua implementação". "Nós condenamos os experimentos de forma veemente".
Em reação à reportagem do New York Times, a Volkswagen tuitou no sábado dizendo que "se distancia explicitamente de todas as formas de abuso de animais". "Nós sabemos que os métodos científicos usados pela EUGT estavam errados e nos desculpamos sinceramente".
O conselho de supervisão da Volkswagen disse que vai investigar o assunto e chamou os experimentos de "completamente absurdos".

Quais são as mais recentes informações sobre a poluição pelo diesel?

Um estudo recente do pesquisador alemão Ferdinand Dudenhöffer mostrou que os níveis de poluição pelo diesel ainda estão muito altos em dez cidades da Alemanha - assim, o mais provável é que os automóveis sejam banidos de locais com situação crítica, ao menos que os motores sejam aprimorados.
Segundo sua pesquisa, apenas mudanças nos softwares dos veículos não seriam suficientes para lidar com o problema.
Munique, Stuttgart, Hamburgo, Düsseldorf e Colônia estão entre as cidades com níveis graves de poluição.
Funcionários em montadora de automóveisDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionApós denúncias de testes em humanos e macacos, montadoras prometeram investigação

Os testes foram antiéticos?

O governo alemão avalia que sim.
Enquanto isso, dois cientistas independentes que já conduziram testes sobre a poluição do ar com voluntários humanos disseram à BBC que o patrocínio das empresas a estes experimentos é problemático.
"Se a pesquisa não é independente, então há dúvidas sobre sua validade e, portanto, sobre sua ética", diz Frank Kelly, da universidade King's College London.
Kelly diz que centenas de voluntários já participaram de estudos com financiamento público sobre o impacto da emissão do diesel - trabalhos estes que precisaram passar pela aprovação em comitês de ética para prosseguir.
Em um estudo universitário, por exemplo, voluntários com doenças crônicas nos pulmões ou no coração caminhavam por pontos turísticos movimentados de Londres.
"Fazer experimentos com pessoas ou macacos não é por si só antiético", afirma Chris Carlsten, da Universidade de British Columbia, no Canadá.
Carlsten acrescenta ainda que "não é muito comum" fazer testes de poluição do ar com macacos, apesar de alguns terem sido usados para estudar a camada de ozônio.
Ele estudou os efeitos da emissão de diesel em voluntários, que costumam ser pagos em cerca de 14 dólares canadenses (R$ 34) por duas horas de exposição à poluição.
"Esses estudos são essenciais para apoiar políticas que possam proteger a todos", afirmou.BBC.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 28 de janeiro de 2018

Contratação temporária em Bom Jardim


A Prefeitura do Bom Jardim – PE torna público o Edital n° 001/2018 – para contratação temporária em diversas áreas. Estão sendo oferecidas 103 vagas, conforme edital publicado no site oficial da Prefeitura www.bomjardim.pe.gov.br e em seu quadro de avisos na sede desta municipalidade. As inscrições começam nesta segunda-feira dia 29/01 conforme o Edital.
https://drive.google.com/file/d/1RB-KQC83KKpfz392OrILal4TgepMourL/view
Fonte: Prefeitura do Bom Jardim
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Festa bonita em Tamboatá - Bom Jardim-PE






8° Novena de São Sebastião no Distrito de Tamboatá, município de Bom Jardim no Agreste Setentrional de Pernambuco.
Noite dos pecuaritas de Tamboatá e Adjacências, celebração da Santa Missa Pe. Marcos Antônio dos Santos.
Registro fotográfico de Aguinaldo Pedro - 26/01/2018

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Público compareceu aos shows do Bonde do Brasil e Batista Lima em Bom Jardim

 Noite dos motoristas na tradicional festa de São Sebastião, teve shows com Bonde do Brasil e  Batista Lima. O público que andava meio afastado das festividades neste novenário, desta vez compareceu.








Fotos: Genir/Enio/Chico Pezão/Lúcio/Airton Batera
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Brasil: De obesidade a AVC, os problemas de saúde relacionados a noites mal dormidas

Lâmpada acesa ao lado da camaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionNoites mal dormidas aumentam as chances de hipertensão e problemas cardiovasculares, de acordo com médicos
O corpo humano emprega há milhares de anos um conjunto fixo de programações fisiológicas necessárias para o seu bom funcionamento. Uma das programações básicas é o adormecer quando a noite cai e o acordar quando o sol se levanta, período em que o indivíduo é restaurado para um novo dia.
Noites mal dormidas, contudo, causam um choque nessa programação natural e podem provocar uma série de problemas de saúde, que vão da depressão ao aumento de risco de acidente vascular cerebral (AVC).
"O sono é uma função fundamental para a nossa fisiologia - seria o equivalente ao alimento para o nosso cérebro", explica Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Laboratório do Sono do Incor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas, em São Paulo, que estuda a correlação entre distúrbios do sono e doenças cardiovasculares.
"É o momento de descanso para o sistema vascular, da faxina dos neurônios. O sono é a restauração da atividade neural adequada, importante para fixação da memória. Sabemos que dormir é fundamental. Mas estamos nos esquecendo disso", alerta.
Dados do último Estudo Epidemiológico do Sono da Cidade de São Paulo mostram que um terço da população da capital paulista sofre de insônia. Um novo estudo - Episono -, realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceria com o Instituto do Sono, será conduzido em 2018 para atualizar os dados.
Mulher no celularDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionUm dos fatores externos que atrapalham a qualidade do sono é o uso de celular antes de dormir
De acordo com Gabriel Natan Pires, biomédico e coordenador do Projeto Episono, o padrão do sono vem se modificando ao longo das últimas décadas - e para pior.
"Dados americanos mostram que, ao cabo de seis décadas, o tempo médio de sono foi reduzido em duas horas por noite. Mas privação do sono pode gerar sérios problemas, incluindo deficit de atenção, ansiedade, impulsividade e agressividade", explica.

Os vilões que atrapalham o sono

Dormir menos que o necessário, assim como dormir em horários irregulares ou trocar o dia pela noite, pode desencadear uma série de doenças. A recomendação mais recente da National Sleep Foundation (NSF), dos Estados Unidos, divulgada em 2015, é de sete a nove horas de sono para pessoas de 18 a 64 anos.
De acordo com Lorenzi Filho, noites mal dormidas e irregulares não apenas geram mais cansaço e sonolência no dia seguinte. "Quem dorme menos de cinco horas, em média, tem mais problemas de hipertensão, maior risco de infarto do miocárdio e de acidente vascular cerebral (AVC)", diz a fundação.
A falta de uma rotina, com hora de dormir e de acordar todos os dias, inclusive aos finais de semana, é um dos principais vilões. A ingestão de alimentos pesados poucas horas antes de dormir, assim como a de bebidas estimulantes, como o café, podem dificultar o adormecer e impactar a qualidade do sono durante a noite.
"A alimentação tanto proteica quanto cheia de carboidratos não é desejável porque demanda um processo digestivo longo e penoso. O recomendado é que qualquer um dos grupos seja consumido pelo menos duas horas antes de dormir. Idealmente, quatro horas antes, se possível", diz Daniel de Souza e Silva, pesquisador em neurofisiologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
"Em alguns casos, é recomendado não ingerir café depois das 14h."
Tabela
Hábitos como manter televisores no quarto, checar o celular antes de dormir e até mesmo manter o ar-condicionado em temperaturas muito baixas podem prejudicar a qualidade do sono, diz Souza e Silva.
"É preciso convencer a população de que a cama foi feita para dormir. Existe uma associação entre esses hábitos e a dificuldade de adormecer", afirma.

Distúrbios do sono

A qualidade do sono também pode ser afetada por diferentes distúrbios. Entre as principais patologias, está a apneia obstrutiva do sono. Sua manifestação mais marcante é o ronco.
Esse distúrbio gera pequenas paradas respiratórias durante a noite, que provocam situações de "microacordar" e resultam em um sono fragmentado. De acordo com Pires, podem ocorrer até 30 pequenas paradas respiratórias por hora em pessoas que sofrem do problema.
Levantamento da Associação Brasileira de Medicina do Sono, feita com base em um estudo da Unifesp e do Instituto do Sono de 2010, projetou que 32,8% da população brasileira sofria com a síndrome em 2013. O distúrbio piora com a obesidade, a idade avançada e o sedentarismo.
Ilustração sobre sono
"A apneia obstrutiva do sono tem influência sobre os sistemas cardiovascular, neurológico e imunológico e acaba repercutindo não só na qualidade de vida, mas na longevidade do indivíduo", afirma Souza e Silva.
"Os indivíduos com essa patologia têm repercussões cardiológicas muito sérias, além de perda de performance no dia seguinte, como dificuldade de concentração, alteração de memória, cansaço e dor de cabeça."
Outro distúrbio importante é a insônia. Pessoas que tentam, mas não conseguem dormir, podem desenvolver quadros depressivos, problemas de memória e fadiga crônica.
De acordo com Pires, do Projeto Episono, há três padrões de insônia: aquele em que o indivíduo tem dificuldade em iniciar o sono; aquele em que há problemas em manter o sono, quando a pessoa acorda no meio da noite e tem dificuldade para voltar a dormir; e a insônia do despertar precoce - quando a pessoa acorda muito cedo e não consegue pegar no sono novamente.
Porém, dificuldades pontuais para dormir não são classificadas como insônia, explica o biomédico. "Para que haja diagnóstico clínico desse distúrbio, ele precisa ocorrer pelo menos três vezes por semana, ao menos por três meses seguidos. Dificuldades para dormir por uma noite não configuram um quadro clínico de insônia", afirma.

Tratamento e soluções

Distúrbios do sono têm cura, afirmam especialistas. No caso da insônia, Souza e Silva alerta para a importância de diagnosticar se ela é causada por questões neurológicas ou por fatores externos. Medicações, como os antidepressivos, podem alterar a arquitetura do sono e resultar em noites mal dormidas.
Predio com luz acesaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionCuidar do sono é uma questão de saúde pública, segundo especialista em distúrbios do sono
"A dificuldade para dormir está relacionada a diversos fatores - dificilmente a pessoa tem uma insônia primária, que seja a doença em si. Às vezes a pessoa dorme mal por fatores externos, como um problema respiratório", explica.
No caso dos que sofrem de apneia, os médicos recomendam evitar bebidas alcoólicas e sedativos, que relaxam a musculatura. Em alguns casos, é necessário utilizar próteses orais e, nos pacientes com um quadro mais grave, adotar uma máscara ligada a um compressor de ar - a CPAP, do inglês Continuous Positive Airway Pressure -, que previne a obstrução da garganta durante o sono.
Para os que não sofrem de distúrbios, é importante levar em consideração as horas recomendadas para cada faixa etária e buscar garantir uma noite tranquila de sono. Isso inclui evitar estímulos externos, como dispositivos eletrônicos antes da hora de dormir e seguir a rotina de acordar e se levantar no mesmo horário.
Souza e Filho lembra que, apesar de a rotina humana hoje ser pautada pela tecnologia, o corpo humano continua tendo uma estrutura fisiológica que segue processos estabelecidos há milhares de anos.
"Desde que surgiu a eletricidade, nossa programação natural foi sendo amplamente subvertida. Progressivamente, vem havendo uma redução expressiva nas horas de sono regular, o que desequilibra um sistema que estava em estabilidade havia muito tempo."
Para ele, cuidar do sono é uma questão de saúde pública. "Em qualquer cidade grande você vê as pessoas dormindo no transporte público. É um indicador de forte privação do sono em grande parte da população," afirma. "Cuidar dos distúrbios do sono e de comportamentos que alteram sua qualidade é reduzir gastos mais tarde com diversos cuidados de saúde."
Da BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Mundo: Paris se prepara para aumento no volume do Sena

Os barcos que cruzam o Sena e os canais do nordeste de Paris estão paralisados. Foto: Francois Grunberg/Marie de Paris
Os barcos que cruzam o Sena e os canais do nordeste de Paris estão paralisados. Foto: Francois Grunberg/Marie de Paris

Após transbordar por dias de chuvas incessantes em Paris, o rio Sena continuará subindo até este fim de semana, o que mobilizou as autoridades, mas o nível não será tão espetacular como se esperava.

Nos próximos dias, o nível do rio pode ficar entre 5,80 metros e 6 metros em relação a seu nível de referência, aproximando-se do excepcional aumento de volume registrado em junho de 2016 (6,10 metros), o pior nos últimos 30 anos, disse à AFP o diretor do Centro Nacional de Prevenção de Inundações, François Duquesne.

A preocupação se devia a uma nova frente chuvosa, que finalmente, ao que tudo indica, não causará tantos danos como se pensava.

"Estamos tranquilizados, essas chuvas vão manter o nível da água, mas não aumentá-lo", explicou Duquesne.

Em Paris, cerca de 400 pessoas tiveram de ser retiradas, sobretudo, nos subúrbios do sudeste. Hoje, cerca de mil lares permaneciam sem energia elétrica.

Para tristeza dos turistas, os barcos que cruzam o Sena e os canais do nordeste de Paris estavam paralisados, à espera do recuo das águas.

"É uma loucura. Tem muita água!", exclama Chris Lennard, que faz turismo na cidade.

"Sou da Cidade do Cabo [África do Sul], onde temos muito pouca água. Quatro milhões de pessoas ficarão sem água em abril. Me dá muita inveja. Quero levar um pouco dessa água para casa", acrescenta.

Apesar das condições, os museus parisienses à beira do Sena - como o Louvre e o Orsay - continuam abertos. Ambos os estabelecimentos estão preparados para evacuar as obras localizadas nas zonas inundáveis, se necessário, como fizeram em 2016.

Como medida preventiva, o nível inferior do Departamento de Artes do Islã do Museu do Louvre fechou suas portas. A direção do museu mais frequentado do mundo (foram 8,1 milhões de visitantes em 2017) indicou que, por enquanto, não prevê outro fechamento além desse.

Hoje pela manhã, perto da ponte de Austerlitz, a água batia 5,59 metros.

Treze departamentos em alerta
Vários trechos dos cais que margeiam o Sena estão debaixo d'água há dias. Partes da Île de la Cité, uma das zonas mais turísticas de Paris com a Catedral de Notre-Dame, ou a Sainte Chapelle, estavam inundadas.

"Normalmente, nos sentamos perto da Pont-Neuf para almoçar, mas hoje não acho que possamos, ou teríamos de ir nadando", brincou Andrew Neilor, um turista escocês de visita na capital francesa, acompanhado da mulher.

A companhia ferroviária nacional, a SNCF, fechou vários trechos da movimentada linha de trens suburbanos RER C, que corre paralela ao rio em um túnel no centro de Paris, para "garantir a segurança dos passageiros e das instalações".

Várias estações - incluindo as mais próximas de Notre-Dame, do Museu d'Orsay e do Champ de Mars - que levam à Torre Eiffel vão permanecer fechadas pelo menos até 31 de janeiro.

Período mais chuvoso desde 1900
Em nível nacional, 13 departamentos estavam em alerta laranja na quinta à noite diante do risco de inundações, principalmente ao redor da bacia do Sena e do Saône.

Ontem, em Villeneuve-Saint-Georges, um dos subúrbios mais afetados, as águas invadiram as ruas, forçando algumas pessoas a se deslocarem em pequenos botes de remos. Com um barco a motor, a brigada fluvial ajudava os moradores, nesta sexta, a recuperar alguns de seus pertences em suas casas inundadas.

Cerca de 150 habitantes da zona passaram a noite abrigados em ginásios, segundo as autoridades.

Segundo o Centro de Meteorologia Nacional, o período de dezembro a janeiro foi um dos mais chuvosos desde que os dados começaram a ser coletados em 1900.

O nível de precipitação dobrou em algumas regiões da França, incluindo Paris, onde caíram 183 milímetros de chuva desde 1º de dezembro passado.
Com informação do Diário de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE