quarta-feira, 11 de abril de 2018

Bomba flutuante será utilizada para puxar água do fundo da barragem de Jucazinho

Reservatório da Barragem de Jucazinho, em Surubim, foi criado para atender 15 municípios do Agreste. Foto: Compesa/Divulgação (Reservatório da Barragem de Jucazinho, em Surubim, foi criado para atender 15 municípios do Agreste. Foto: Compesa/Divulgação)
Reservatório da Barragem de Jucazinho, em Surubim, foi criado para atender 15 municípios do Agreste. Foto: Compesa/Divulgação
A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) avalia a possibilidade de iniciar dentro de 30 dias a captação de água do chamado “volume morto” do reservatório da Barragem de Jucazinho, no município de Surubim, a 119 quilômetros do Recife, no Agreste. O “volume morto” é a parcela de água que resta na parte mais profunda, abaixo dos canos de captação por gravidade, que exigirá o uso de uma bomba flutuante. “O normal seria aguardar que o nível superasse o ‘volume morto’ para o início da retirada de água, mas diante da necessidade de atendimento das cidades abastecidas pela barragem, iremos fazer algumas adequações para a captação provisória”, adiantou o diretor diretor regional do Interior da Compesa, Marconi de Azevedo.

Segundo a Compesa, com as intensas chuvas ocorridas desde no final da semana passada, barragens localizadas em várias regiões do Estado mostraram alguma recuperação. Jucazinho voltou a acumular água depois de um ano meio em colapso, motivando animação por se tratar do maior reservatório para abastecimento humano do Agreste, com  capacidade para mais de 327 milhões de metros cúbicos de água para atendimento de 15 municípios do Agreste, incluindo Surubim, Cumaru e Passira. O volume acumulado, entretanto, é de 2,58% da capacidade de acumulação, equivalente a 8,4 milhões de metros cúbicos de água.

Marconi de Azevedo realizou uma visita à Barragem de Jucazinho ontem antes de anúncio da decisão de fazer uso do “volume morto”. Segundo a Compesa, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) fez uma previsão de chuvas dentro da média no Agreste, o que significaria cerca de 700 milímetros de abril a julho. Esse é o período de inverno das regiões da área litorânea pernambucana, que vai da Região Metropolitana e Zona da Mata até o Agreste.

A Compesa informa que nos últimos oito dias o nível da Barragem de Botafogo acumulou  6,75% de sua capacidade, passando de 20,66% para 27,41% do armazenamento possível. Situada em Igarassu, a barragem é a principal fonte hídrica do sistema de distribuição de água para Olinda, Paulista, Igarassu e Abreu e Lima. Ainda segundo a empresa, no mesmo período, as barragens de Várzea do Una, em São Lourenço da Mata, e Duas Unas, em Jaboatão dos Guararapes, sofreram elevação dos volumes para 70,22% e 72,52%, respectivamente. Em São Lourenço da Mata, a Barragem de Tapacurá teve um pequeno aumento de 1,11%, alcançando 58,51% da sua capacidade.

Pajeú - Numa situação inversa, vivendo o final do período invernoso, no Sertão do Pajeú a Barragem de Brotas, em Afogados da Ingazeira, que possui capacidade para 19,6 milhões de metros cúbicos de água, está vertendo. A Compesa antecipou que ajusta a Estação de Tratamento de Água (ETA) do município para aumentar a produção de 100 para 120 litros por segundo dentro de dez dias e estuda possível redução do racionamento.

Em Itapetim, a Barragem de Boa Vista que estava seca desde janeiro acumulou 9,2% da sua capacidade de 1,6 milhão de metros cúbicos de água e a Compesa informa que dentro de dez dias o manancial volta a contribuir com o sistema de abastecimento do município, que já recebe água da Barragem de Caramucuqui. Em São José do Egito, a Barragem de São José II saiu da situação de colapso, acumulando 54,6% da capacidade de 7,1 milhões de metros cúbicos de água, possibilitando maior flexibilidade e segurança hídrica ao sistema de distribuição de água de São José do Egito, que tem na Adutora do Pajeú sua principal fonte de abastecimento.
Com informações de Diário de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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