domingo, 8 de abril de 2018

Decisão:Náutico e Central decidem Pernambucano em capítulo crucial para a história dos clubes



A história será escrita neste domingo. Resta saber se com as cores vermelha e branca ou preta e branca. De um lado, a chance de por um fim ao maior jejum de títulos de um grande clube do Brasil. Do outro, a oportunidade de se quebrar uma barreira de mais de 100 anos e se tornar o primeiro campeão pernambucano do interior. Nesse domingo de decisões estaduais pelo País, provavelmente a final entre Náutico e Central seja a que tenha mais objetivos, nervosismo e emoção envolvida. Talvez, ao longo dos anos, nenhuma outra será tão lembrada quanto a que acontecerá na Arena de Pernambuco.
No Náutico, o título aguardado há mais de uma década também irá coroar um processo de reconstrução com o presidente Edno Melo conseguindo trazer paz ao ambiente político tão conturbado e nocivo ao clube nos últimos anos. Com paz interna, se iniciou um trabalho de pés no chão, com uma folha salarial inicial de R$ 200 mil. Em campo, o desafio era superar a desconfiança. O que começou a acontecer ainda nos dias 9 e 13 de janeiro, quando o time superou o Itabaiana ainda pela seletiva da Copa do Nordeste. A primeira de muitas decisões superadas pelo time até aqui.

Com as classificação no Regional e principalmente na Copa do Brasil, com o clube faturando R$ 4,3 milhões em premiações, foi possível reforçar a equipe, com a chegada de jogadores importantes, como o volante Wendel e principalmente o atacante Ortigoza, que logo se transformou no principal peça ofensiva do elenco do técnico Roberto Fernandes.

No Pernambucano, a trajetória do Náutico seguiu a mesma lógica. Após uma goleada sofrida para o próprio Central, por 3 a 0, poucos acreditavam na possibilidade do fim da fila de 13 anos sem títulos. A resposta, no entanto, veio na rodada seguinte com uma surpreendente goleada pela mesmo placar sobre o Sport, quando Roberto Fernandes mudou a forma de jogar da equipe, reforçando a marcação e explorando a saída rápida ao ataque. O Náutico encontrava ali uma forma de jogar. 

E nessa decisão, uma das apostas é justamente na força como mandante. Isso porque, atuando na Arena de Pernambuco, o Náutico conseguiu manter 100% de aproveitamento até aqui, em sete partidas. Número tão marcante que pode significar mais um capítulo na história. Isso porque, caso conquiste o título com uma nova vitória, os alvirrubros irão repetir uma marca que não acontecia no futebol do Estado há 20 anos. O último time a ser campeão com vitórias em todos os jogos disputados em casa foi o Sport, em 1998. Naquele ano, o Leão também foi campeão invicto.

Pelo lado da Patativa, uma caminhada quase idêntica ao do Timbu, o que faz justiça à final. Assim como o Náutico, o Central acumula sete vitórias, cinco empates e apenas uma derrota. A única diferença entre os dois times é o saldo de gols favorável ao Timbu e responsável para que a final seja disputada na Arena. No comando dessa campanha regular, o experiente Mauro Fernandes, que busca seu segundo título pernambucano. O primeiro foi há 20 anos, no comando do invicto Sport. 

Outra diferença entre os dois clubes é a rotatividade dos elencos. Enquanto no Náutico, Roberto Fernandes, por conta da maratona de jogos, recorreu muitas vezes uma equipe alternativa, com 35 jogadores utilizados, no Central, Mauro Fernandes desde o início utilizou um time-base, com apenas 17 atletas colocados em ação.

Como visitante, em cinco partidas, duas vitórias, dois empates e apenas uma derrota, sofrida para o Vitória, ainda na primeira fase. Curiosamente, em jogo disputado na Arena de Pernambuco.
Náutico
Bruno; Thiago Ennes, Camutanga, Camacho e Kevyn (Gabriel Araújo); Negretti, Wendel (Jobson) e Wallace Pernambucano; Rafael Assis (Júnior Timbó), Ortigoza e Robinho. Técnico: Roberto Fernandes.

Central
França; Eduardo Gago, Danilo Quipapá, Vitão e Charles; Douglas Carioca, Fernando Pires, Eduardo Eré e Júnior Lemos; Leandro Costa e Itacaré. Técnico: Mauro Fernandes.

Local: Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata.
Horário: 16h.
Árbitro: Nielson Nogueira.
Assistentes: Clóvis Amaral e Cleberson Nascimento.
Ingressos: esgotados.
Com Informações de Diário de Pernambuco.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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